quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Funesc e Canne divulgam selecionados em Curso de Figurino para Cinema: Sapé tem um representante


Divulgada, nesta quinta-feira (20), a lista de alunos selecionados para o Curso de Figurino para Cinema oferecido pelo Centro de Audiovisual Norte Nordeste (Canne). A iniciativa é gratuita e conta com parceria da Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc). A oferta é de 25 vagas preenchidas por meio de seleção de currículo. A ministrante será Rosângela Nascimento e as aulas acontecerão no período de 24 a 28 de novembro, no auditório 5 (rampa 1) do Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa, no horário das 8h30 às 12h30 e das 14h30 às 18h30.
O Curso de Figurino terá 40 horas-aula e tem como objetivo estimular o participante a entender o que é o figurino e o papel do figurinista dentro do processo fílmico de um longa-metragem passando por todas as etapas, pesquisa, composição e elaboração do figurino. As aulas também tratarão sobre a relação com a caracterização, a arte, a fotografia, o som e todos os segmentos dentro de uma produção cinematográfica.
O processo seletivo foi realizado em etapa única, composta pela análise da Carta de Intenção e Currículo. A Comissão de Seleção foi constituída por três integrantes com reconhecida atuação no segmento audiovisual.
Parceria -  Não é a primeira vez que a Funesc e o Canne fecham parceria para realização de um curso de formação na Paraíba. Dentre as atividades realizadas pelo Centro de Audovisual no Estado, a Funesc recebeu o curso de roteiro com Hilton Lacerda e o de direção de atores, ambos em 2012, além do Curso Avançado de Cinematografia Eletrônica Digital em 2011, com Carlos Ebert.
Ministrante -  Rosângela Nascimento (Rô Nascimento) é bacharel em Cinema de Animação pela Escola de Belas Artes da UFMG e tem especialização em estilismo e modelagem do vestuário. No cinema, ela assina figurinos de filmes como “Redemoinho” (de José Luiz Villamarim, 2014), “Doidas e Santas” (de Paulo Thiago, 2014), – “Elvis e Madona” (de Marcelo Lafitte, prêmio melhor roteiro Festival do Rio 2010), “Como Esquecer”, (de  Malú de Martino, prêmio melhor figurino no 1º Festival nacional de cinema de Petrópolis).
Segue abaixo a lista dos selecionados para o curso de figurino.
1.  Agda Aquino
2.  Álamo Bandeira
3.  Alberto Vouban
4.   Alexandre Targino
5.   Aurora Caballero
6.   Caroline Monteiro
7.   Diogénes Mendonça
8.   Elizabeth Paz da Silva
9.   Emanuela da Cunha Gouveia
10. Emylene de Oliveira
11. Eny Marisa Câmara
12. Geóstenys de Melo
13. Helder Nóbrega
14. Izabela de Araújo
15. Jamila M. Facury da Costa
16. Janaína de Castro
17. Jorge Bweres
18. Joseymar de Souza Almeida
19. Josinaldo F. Ferreira
20. Juliana Gonçalves
21. Maria Gabriela de Miranda
22. Rebecca Dantas de Cerqueira
23. Tainá Macedo
24. Tâmara de Morais
25. Thalita Fernandes

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

SECRETARIA DO AUDIOVISUAL DO MINC LANÇA EDITAL PARA PREMIAR 21 CURTA-METRAGENS E 13 MÉDIA-METRAGENS, COM APORTE DE R$ 100.000,00 E R$ 125.000,00, RESPECTIVAMENTE, TOTALIZANDO 3 MILHÕES

Ministério da Cultura lança edital de apoio à produção audiovisual afro-brasileira

 
A ministra da Cultura interina, Ana Cristina Wanzeler, lançou, nesta quinta-feira (13/11), na Fundação Nacional das Artes (Funarte) em São Paulo (SP), o edital "Curta afirmativo 2014: protagonismo de cineastas afro-brasileiros na produção audiovisual". As inscrições estão abertas até 30 de janeiro de 2015.
 
A ministra Ana Wanzeler ressaltou a importância do edital que abre espaço para a cultura negra e reafirma a força do audiovisual no país. Ela destacou, também, o fato de o edital se preocupar com o equilíbrio na distribuição dos recursos com o objetivo de estimular a produção cultural em todas as regiões do país. "Buscamos dar voz e protagonismo a produtores negros e à cultura negra, tão essenciais à nossa raiz brasileira, tão fundamentais na formação de nossa identidade como país, mas que historicamente ficaram excluídos das políticas públicas", disse a ministra.
 
João Batista Silva, da SAV, Ana Cristina Wanzeler, ministra interina da Cultura, e Hilton Cobra, da Fundação Palmares, durante lançamento do edital na Funarte em São Paulo. (Foto de Gustavo Serrate)
Com investimento de R$ 3 milhões, a proposta é apoiar a produção de obras nacionais inéditas dirigidas ou produzidas por negros. A iniciativa premiará 34 obras, 21 curtas-metragens com temática livre e 13 média-metragens que abordem a cultura de matriz africana. O apoio financeiro varia de R$ 100 mil a R$ 125 mil respectivamente.
 
O presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra, destacou as iniciativas do Ministério da Cultura (MinC) voltadas à comunidade negra: "Nunca antes neste país tivemos tantos projetos contemplados, em dois anos tivemos 542 projetos beneficiados pelos editais", destacou. Também participaram do evento o diretor de Gestões de Políticas Audiovisuais da Secretaria de Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MiNC), João Batista Silva, o secretário da Promoção e Igualdade Racial da cidade de São Paulo, Antônio Pinto, além de representantes de associações de comunidades negras, produtores e agitadores culturais. 
 
Inscrições - Os interessados podem se candidatar pela internet, ao acessar o sistema SALICWEB. As obras audiovisuais deverão ser inscritas por pessoas físicas autodeclaradas negras (pretos e pardos, de acordo com as categorias do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE), brasileiros natos ou naturalizados, que se apresentem obrigatoriamente como diretores ou produtores. 
 
Para serem selecionadas, as obras passam por várias etapas de avaliação. Na habilitação, serão checados documentos, itens e informações solicitados em conformidade com exigências do edital. A Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC) constituirá comissão técnica para realizar todos os procedimentos necessários à habilitação. Após essa etapa, as obras habilitadas serão avaliadas pela Comissão de Seleção composta por, no mínimo, 3 integrantes, designados pela secretaria.
 
O lançamento desse edital faz parte de ações afirmativas do MinC voltadas para a população afrodescendente, como feiras, intercâmbios, prêmios e outros editais. A edição do Curta Afirmativo de 2012 teve investimento de mais de R$ 2 milhões e beneficiou 30 projetos de jovens realizadores e produtores negros. 
 
Assessoria de Comunicação
Ministério da Cultura 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

12 DE NOVEMBRO DE 2014: 100 ANOS DE MORTE DO SAPEENSE AUGUSTO DOS ANJOS

Cena de Alma Augusta - Novembro de 2013

12 de novembro de 1914 a 12 de novembro de 2014: há exatos 100 anos, a nossa Sapé, o Rio de Janeiro, Leopoldina, a Paraíba e o Brasil perderam um dos nomes mais importantes de nossa Literatura: Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos, o paraibano do século.
Suas poesias, consideradas antipoéticas, por usar demasiadamente termos cientificistas, foram publicadas em um único livro: o Eu.
Augusto dos Anjos foi um poeta incompreendido em seu tempo e foi tentar a vida no Rio de Janeiro, onde também não logrou êxito, por isso viajou para Leopoldina, em Minas Gerais e lá, conseguiu ser diretor de um grupo escolar, mas morreu poucos meses depois, no dia 12 de novembro de 1914, deixando Esther Fialho dos Anjos desesperada.
A peça Alma Augusta, de Josinaldo Ferreira, retrata estas cenas, momento de grande desespero para a família Carvalho dos Anjos.

domingo, 9 de novembro de 2014

CRÔNICA DO DIA: 5 HORAS E 30 MINUTOS DE SILÊNCIO!


13h – Horário de Brasília. 25 participantes na sala. 11 faltosos.
Começava o martírio. Distribuímos as provas, explicamos o que podia e o que não podia fazer e eles, coitados, ouviam-nos atenciosamente.
Começaram a folhear aquelas 90 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias e a tão temida Redação.
Tive compaixão de muitos. Olhavam-me, desde já, com um olhar tão ansioso, tão nervoso e tão temeroso, por não saberem o que os aguardava naquela tarde de domingo, naquelas folhas desconhecidas, naquele silêncio que foi se agravando à medida que o tempo passava.
Eles poderiam estar numa praia, numa ilha paradisíaca, num balneário, mas estavam ali, em pleno domingo, gastando os neurônios que ainda possuíam, depois de meses de estudo para alguns.
      Percebi que a candidata sentada logo na frente, bem próxima à minha mesa, era minha aluna da EEMOAP. Eu a reconheci, dei um ar de riso para ela e ela retribuiu do mesmo jeito, apesar da apreensão do momento. 
        Pensei comigo: “Ah, se eu pudesse ajudá-la de alguma forma!...” Ela provavelmente pensou a mesma coisa: “Ah, se o professor Josinaldo pudesse me dizer alguma coisa da prova de inglês!... Eu seria eternamente grata.” Não pude. Infelizmente não pude: o Regulamento do Exame não permitia. Mas vontade tive, pelo menos a vontade o Regulamento não proibia ainda.
      E assim, iam passando os segundos, os minutos, as horas e o silêncio dominava a sala, e o silêncio dominava os corredores, o jardim, o pátio, a escola inteira. Apenas os olhares trocavam conversas entre si: quando algum deles precisava ir ao sanitário ou beber água, olhavam para mim e apontavam para a porta, como quem diz: “Posso sair? Preciso tomar água! Preciso ir ao banheiro!” E eu, com a cabeça, autorizava.
     Toda vez que um dos candidatos agia assim, eu chamava com um aceno um fiscal volante, que se dirigia até minha porta e conduzia o participante a seu destino desejado naquele momento.
    A fiscal volante de meu corredor era tão engraçada, tão gordinha, tão sorridente que toda vez que eu a chamava, ela se levantava solenemente de sua cadeira e caminhava, caminhava apressadamente até minha porta e levava ao destino o participante requerente. Tenho certeza que ela se sentiu feliz com essa rotina, pois deve ter ficado mais leve uns dois quilos, tal era a alegria com que se aproximava de mim.
      Em minha sala, comecei a observar um por um dos candidatos, para ver se havia ali, perto deles, alguma cola. Não encontrei nenhuma. Ao passar o olhar lentamente pela sala, comecei, então, a perceber física e psicologicamente os seres que havia ali: uma gordinha de óculos, totó na cabeça e camisa florida; uma moreninha muito abatida, parecia estar com fome; uma magrinha, tão triste, parecia se sentir mal; minha aluna da EEMOAP, que veio com um short tão curto: não sei como entrou na escola! E os rapazes, mas estes nem reparei, porque minha compaixão é pelas mulheres. Tenho dó delas, por serem frágeis.
      Eu sinto a alma feminina. Talvez seja eu um Chico Buarque, que tanto cantou as mulheres, ou melhor, que tanto esteve na pele delas para poder cantá-las. Eu e Chico somos deveras dois feministas: 
      Mas voltemos à sala: de tanto observar o sofrimento alheio feminino que me compadeci destas quatro mulheres, em minha sala do Exame.
     O silêncio que se fazia naquela tarde de domingo era descomunal! A sala estava tão concentrada que dava até sono. Só o barulho do ventilador e nada mais! Mas de repente, uma voz grita do corredor: "Oh, Jéssica, fica aqui, filha, enquanto eu vou ali!" Era Valéria, uma das aplicadoras do Exame, que sem querer fez com que todos participantes de minha sala olhassem no mesmo instante para mim, cobrando providências.
     Instintivamente fui até a porta e, com apenas meu olhar e minha cabeça, que balançava negativamente, repreendi o comportamento dela, que nem ligou, pelo contrário, ainda teve a ousadia de perguntar em alto e bom som: "Não tem copo descartável aí, não, Jó?" Eu mantive minha elegância: apenas balancei negativamente a cabeça e fiz uma expressão de que não havia. E ela saiu, segura de que não tinha feito nada demais.
      Em minha sala, voltei para minhas quatro protegidas. Percebi que estavam aflitas, porque toda vez que eu me dirigia ao quadro branco para retirar uma das etiquetas do cronômetro, o tempo se esvaía e elas pareciam se desesperar, por não terem concluído ainda o Exame.
      Uma delas coçava a cabeça e fingia arrumar o cabelo; outra suava, bebia água e respirava fundo; a outra olhava para mim e mostrava-se preocupada, como quem diz: "Por favor, professor, me ajude aí!" Ah, se eu pudesse me comunicar com elas apenas por telepatia, eu teria dito: "Calma, minhas filhas, a partir de agora vocês são minhas protegidas e só ouvirão o que eu disser, combinado? Comecemos pela prova de Redação: mas antes, não fiquem desconfiadas, senão os outros candidatos reclamam.  Apenas olhem para mim e eu saberei com quem estou falando. Conversarei apenas com uma de vocês e as outras só escutam, certo?" Olhariam para mim. "Você, de óculos e blusa florida, a proposta de redação traz quantos textos?" E ela responderia: "Três." Eu então continuaria: "Pelo que você leu, é dissertação ou narração?" E ela: "Aqui diz que é para falar sobre a publicidade infantil em questão no Brasil." E eu: "Então vocês vão mostrar e defender o ponto de vista que têm sobre este tema." E elas olhariam para mim: "Mas como começamos, professor?..."
      Ah, eu teria dito em pensamentos tantas coisas a essas meninas, que só Deus saberia e a coordenação do Exame jamais tomaria ciência.
       Só para ajudar minhas protegidas, eu seria capaz de, em pensamentos, ditar uma por uma as palavras das redações que construiria na hora, mas este poder ainda é um mistério para os homens.
       E quando faltava meia hora para o término das provas, eu declarei: "A partir de agora, quem quiser, pode levar seu caderno de questões." Elas, mais uma vez, olharam para mim, como que apreensivas, por não terem terminado ainda o Exame: "Meu Deus, estamos perdidas!"
     E assim, usando Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, tivemos um domingo inesquecível, cheio de bocejos, suspiros, olhares e muito silêncio, tanto silêncio que a vontade era rasgar a tarde com um: "Ah, eu quero gritar!"

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

FONTE DA SECULT INFORMA QUE FIC AUGUSTO DOS ANJOS ESTÁ PARA SAIR


O Fundo de Incentivo à Cultura – FIC Augusto dos Anjos lançou uma ação com o objetivo de credenciar profissionais ligados à produção cultural.
A proposta é a criação de um banco de dados, onde, nessa primeira etapa, serão cadastrados os perfis de Contadores e Elaboradores de projetos.
O banco pode ser acessado pelo endereço eletrônico www.paraiba.pb.gov.br/fic, local que ficará disponível para os proponentes verificarem a relação dos profissionais cadastrados.
“Diversos artistas entraram em contato com a Comissão Gestora do Fundo, buscando sugestões de profissionais que possam auxiliá-los na elaboração e acompanhamento dos projetos. A ação surge num momento em que o FIC Augusto dos Anjos se prepara para lançar um conjunto de três editais de seleção pública, que juntos somam R$ 7.000.000,00”, esclareceu Pedro Santos, secretário executivo do Fundo de Incentivo à Cultura.
O edital tradicional do FIC Augusto dos Anjos terá um valor de R$ 4 milhões com as seguintes áreas beneficiadas: Arquivo, Museus, Patrimônio e Memória; Artes Visuais; Audiovisual; Circo; Cultural Populares e Identitárias; Dança; Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca; Música; Teatro; e destaque para os novos segmentos incluídos Artes Integradas e Culturas Digitais, Economia Criativa, e Formação e Pesquisa em Cultura.
O segundo edital é o de Microprojetos de Circulação Artística, com o valor de R$ 1,5 milhão, que pretende fomentar a circulação de bens culturais entre os 114 municípios aderidos ao Sistema Nacional de Cultura. Ao todo, serão contemplados 228 grupos e artistas, com propostas de performances, intervenções, instalações, exposições, exibições, mostras e seminários.
O último edital é o Linduarte Noronha, no valor de R$ 1,5 milhão, que, de forma inédita, será destinado à realização de dois longas-metragens, beneficiando cada um com o valor de R$ 750 mil.
“Importante frisar que os recursos dos editais do FIC Augusto dos Anjos são organizados da seguinte forma: R$ 3.504.000,00 do FIC Augusto dos Anjos; R$ 2.496.000,00 do Fundo Nacional de Cultura; e R$ 1.000.000,00 do Fundo Setorial do Audiovisual”, complementou Pedro Santos.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

ENSAIOS DO 5º AUTO DE NATAL COMEÇAM NESTA TERÇA, 4 DE NOVEMBRO, NA BIBLIOTECA DA STELLA









A Biblioteca da Stella e a COPROCEN começam nesta terça, 4 de novembro, às 9:30, na escola, os ensaios do 5º Auto de Natal - A Luz do Mundo Chegou.
Todos os inscritos e selecionados deverão comparecer antes da hora marcada para o início.
As duas apresentações serão em dezembro: uma na escola e outra na Rua Antonio Batista Lins, extensão da Machado de Assis, em Sapé-PB.
Parabéns a todos os participantes 2014!