O INTERIORANO: Houve algum contrato com o prefeito e a palavra dele em torno de sua participação na Paixão de Cristo 2009?
JOSINALDO: Contrato não, só a palavra. Acreditávamos nele. Ele alimentou as nossas esperanças, enganando-nos, até o dia 18 de março, quando mostrou sua verdadeira face. No princípio não acreditávamos que ele seria capaz de tamanha urdidura contra seu próprio povo. Tivemos quatro encontros: o primeiro na frente da Igreja Matriz no início de fevereiro; o segundo, no dia 6 de março, na prefeitura, à tarde. O terceiro, no dia 7 de março, pela manhã, na suposta Ciranda de Serviços, em frente ao Hospital Geral e, o quarto, no dia 18 de março, à tarde na prefeitura. No primeiro encontro, como não conseguíamos falar com ele na prefeitura até o momento, dada a multidão que lá se aglomerava todos os dias em que ele estava atendendo, como não conseguíamos, decidimos procurá-lo em sua casa. Seria local inoportuno? Talvez. Mas ele deveria entender, afinal dizia respeito a um espetáculo já consagrado na cidade e o povo queria assitir. Porém ele não estava em casa naquela noite de sexta-feira, início de fevereiro. Um vigilante da Prefeitura nos informou que ele não estava em casa, mas na Igreja, num casamento. Apesar de acharmos meio inconveniente o momento, fomos falar com ele depois do casamento, já que na prefeitura não era possível. Esperamos que terminasse a cerimônia e, quando ele apontou na porta principal da Igreja, já de saída, nos avistou ao lado, quase em frente à casa de sua mãe, mas ainda sobre a calçada da Igreja. Ele e sua esposa, juntamente com a criancinha, sua filha, vieram em nossa direção. Aproveitamos o momento e mostramos a ele o projeto que estava em nossas mãos. Ele folheou rapidamente, perguntou o valor do orçamento, e disse que marcássemos uma data com Juliana, sua secretária na prefeitura, e ainda acrescentou na despedida: "Josinaldo, temos agora 60 dias, marque lá na prefeitura uma data, mas semana que vem não poderei: estarei em Brasília. Na outra semana vamos conversar". Ora, quando ele disse que tínhamos 60 dias, foi uma referência clara ao projeto do ano passado que entreguei a ele, mas como faltava menos de trinta dias para sua realização, ele não conseguiu apoio do Governo do Estado para realizá-lo: o tempo era pouco e ele ainda não era prefeito. Tudo bem, isso foi em 2008. Agora tínhamos mais de 60 dias! Em outras palavras, ele nos deu falsas esperanças e acreditamos em suas palavras. Esse foi o nosso erro: acreditarmos na palavra dele! Agora, se ele, desde o começo, tivesse dito claramente que não daria, que nenhum projeto da Paixão seria realizado, porque os recursos da prefeitura no início de seu mandato estavam escassos, com quedas do FPM e outros recursos, e que por isso ele não poderia apoiar, tudo bem, nem teríamos nos mobilizado tanto. Mas ele não disse isso! Antes, nos encheu de esperanças: a cada encontro com ele, não saímos tristes, pelo contrário: sempre havia um motivo para continuarmos lutando, porque suas palavras eram de que estava conosco, com o povo de Sapé. Então, eu e dois artistas do espetáculo saímos desse encontro na Igreja felizes, porque o nosso prefeito estava conosco! Qual! Talvez ele naquele momento estivesse mesmo, mas deve ter ido na cabeça de alguns vereadores ou de alguns adjuntos que só querem atrapalhar. Mas o prefeito é ele! Não tem que dar ouvidos a quem o apoiou na campanha só pensando em tirar proveito disso para si próprios! Pelo contrário, ele tem é que pensar em seu povo que sofre, que luta, que votou com esperanças em dias melhores, afinal no nosso projeto 100 pessoas de Sapé seriam beneficiadas e ele sabia disso...
JOSINALDO: Contrato não, só a palavra. Acreditávamos nele. Ele alimentou as nossas esperanças, enganando-nos, até o dia 18 de março, quando mostrou sua verdadeira face. No princípio não acreditávamos que ele seria capaz de tamanha urdidura contra seu próprio povo. Tivemos quatro encontros: o primeiro na frente da Igreja Matriz no início de fevereiro; o segundo, no dia 6 de março, na prefeitura, à tarde. O terceiro, no dia 7 de março, pela manhã, na suposta Ciranda de Serviços, em frente ao Hospital Geral e, o quarto, no dia 18 de março, à tarde na prefeitura. No primeiro encontro, como não conseguíamos falar com ele na prefeitura até o momento, dada a multidão que lá se aglomerava todos os dias em que ele estava atendendo, como não conseguíamos, decidimos procurá-lo em sua casa. Seria local inoportuno? Talvez. Mas ele deveria entender, afinal dizia respeito a um espetáculo já consagrado na cidade e o povo queria assitir. Porém ele não estava em casa naquela noite de sexta-feira, início de fevereiro. Um vigilante da Prefeitura nos informou que ele não estava em casa, mas na Igreja, num casamento. Apesar de acharmos meio inconveniente o momento, fomos falar com ele depois do casamento, já que na prefeitura não era possível. Esperamos que terminasse a cerimônia e, quando ele apontou na porta principal da Igreja, já de saída, nos avistou ao lado, quase em frente à casa de sua mãe, mas ainda sobre a calçada da Igreja. Ele e sua esposa, juntamente com a criancinha, sua filha, vieram em nossa direção. Aproveitamos o momento e mostramos a ele o projeto que estava em nossas mãos. Ele folheou rapidamente, perguntou o valor do orçamento, e disse que marcássemos uma data com Juliana, sua secretária na prefeitura, e ainda acrescentou na despedida: "Josinaldo, temos agora 60 dias, marque lá na prefeitura uma data, mas semana que vem não poderei: estarei em Brasília. Na outra semana vamos conversar". Ora, quando ele disse que tínhamos 60 dias, foi uma referência clara ao projeto do ano passado que entreguei a ele, mas como faltava menos de trinta dias para sua realização, ele não conseguiu apoio do Governo do Estado para realizá-lo: o tempo era pouco e ele ainda não era prefeito. Tudo bem, isso foi em 2008. Agora tínhamos mais de 60 dias! Em outras palavras, ele nos deu falsas esperanças e acreditamos em suas palavras. Esse foi o nosso erro: acreditarmos na palavra dele! Agora, se ele, desde o começo, tivesse dito claramente que não daria, que nenhum projeto da Paixão seria realizado, porque os recursos da prefeitura no início de seu mandato estavam escassos, com quedas do FPM e outros recursos, e que por isso ele não poderia apoiar, tudo bem, nem teríamos nos mobilizado tanto. Mas ele não disse isso! Antes, nos encheu de esperanças: a cada encontro com ele, não saímos tristes, pelo contrário: sempre havia um motivo para continuarmos lutando, porque suas palavras eram de que estava conosco, com o povo de Sapé. Então, eu e dois artistas do espetáculo saímos desse encontro na Igreja felizes, porque o nosso prefeito estava conosco! Qual! Talvez ele naquele momento estivesse mesmo, mas deve ter ido na cabeça de alguns vereadores ou de alguns adjuntos que só querem atrapalhar. Mas o prefeito é ele! Não tem que dar ouvidos a quem o apoiou na campanha só pensando em tirar proveito disso para si próprios! Pelo contrário, ele tem é que pensar em seu povo que sofre, que luta, que votou com esperanças em dias melhores, afinal no nosso projeto 100 pessoas de Sapé seriam beneficiadas e ele sabia disso...
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